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A pagina registra o recebimento de e-mail vindo da Secretaria Municipal de Turismo, comunicando liberao das visitas a partir do dia 11 de abril, na gruta na Lapinha, apos os reparos na iluminao interna e novos sistemas de segurana.
A interdio foi necessria depois que ladres levaram boa parte da fiao eltrica no inicio de maro/03 .
MARGINAIS QUE FURTARAM E DEPREDARAM A GRUTA J ESTO PRESOS.
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Abaixo o texto, na ntegra, do e-mail.


GRUTA DA LAPINHA

Patrimnio natural protegido

A Prefeitura Municipal de Lagoa Santa estar inaugurando oficialmente, no dia 12 de abril de 2003, um sistema de vigilncia eletrnica (monitorada) e circuito fechado de TV, no principal atrativo turstico da cidade, a Gruta da Lapinha. Esse sistema, alarmes e cmeras, entrar em operao juntamente com o sistema de iluminao interna da Gruta, que j foi totalmente recuperado e melhorado.

Alm dessas medidas, a Prefeitura manter o sistema de vigilncia humana, que atualmente j funciona com quatro vigias, o que proporcionar e garantir um modelo de segurana inovador, no que tange salvaguarda de um patrimnio natural.

Essas medidas vm para garantir a preservao de um patrimnio que merecia uma ateno especial desde sua descoberta em 1835, mas que s a est recebendo nos dias de hoje.

Por outro lado, importante esclarecer que as aes praticadas por vndalos e marginais na gruta, que furtaram e depredaram, no so resultantes de um suposto descaso ou abandono. Ora, se marginais se arriscam em cima de postes, dentro de subestaes, em galpes industriais, em muitos casos com os sistemas energizados, ou, citando o exemplo da Gruta da Lapinha, inclusive agindo armados e efetuando disparos contra o vigia, teramos que afirmar que todas as aes marginais que ocorrem no mundo, so fruto de abandono, o que no verdade.

A Prefeitura e, especialmente, a Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, entendem que as medidas ora adotadas, cumpriro no s o objetivo de garantir a integridade do patrimnio natural, mas tambm proporcionaro, de forma imediata, conforto e segurana aos turistas, sem distinguir origem ou classe social. Alm disso, inteno da Secretaria mudar diametralmente a questo do fomento ao turismo enquanto poltica pblica. Isto, pois, no podemos falar em turismo, sem colocar na mesa de discusso, tudo e, principalmente, todos que esto e estaro envolvidos: a comunidade.

Lagoa Santa tem de deixar de ser uma cidade turstica apenas para uma meia dzia de visionrios e sonhadores. O turismo, enquanto atividade econmica, tem que ser fator gerador de trabalho e renda, tem que, obrigatoriamente, ser incorporado pela comunidade. Ou seja, enquanto a populao de Lagoa Santa, em sua esmagadora maioria, tiver que pegar um nibus para trabalhar e buscar seu sustento (trabalho e renda) fora do municpio, fazendo de nossa cidade um dormitrio, ou, em outra situao, enquanto o “turismo”, verso Lagoa Santa, for objeto de discusso de reunies de pequenos grupos de uma elite sem causa, no deixaremos de ser apenas uma cidade potencialmente turstica.

Assim, se ao invs de ficarmos esperando o executivo fazer e assumirmos nosso papel de sujeitos (cidados) nesse processo, a, sim, estaremos, de fato, contribuindo. De nossa parte podemos afirmar que a crtica pode at ser considerada. Isto, quando quem a faz tem credibilidade, compromisso e responsabilidade. Porm, quando feita sem fundamento e sem ter compromisso com os interesses da coletividade, s serve para confundir a opinio pblica, ou seja, um desservio populao.

Valrio Mrcio Batista

Chefe de Manuteno da Gruta da Lapinha

02-abril-2003